“A vida má não causa grande dano a não ser a si mesma, mas o ensinamento
errado é o maior mal neste mundo, porque leva multidões de almas ao
inferno. Não estou preocupado se és bom ou mau, mas eu atacarei teu
ensinamento venenoso e mentiroso que contradiz a palavra de Deus.”
Martinho Lutero!
domingo, 23 de dezembro de 2012
sábado, 21 de abril de 2012
Pela graça Deus que sou o que sou.
Podemos dizer da igreja o que John Newton dizia de si mesmo. Havia sido traficante de escravos e logo que se converteu chegou a ser pastor e escritor de hinos, um dos quais é o tão conhecido “Maravilhosa graça”. Newton dizia: “Não sou o que devo ser, não sou o que quero ser, não sou o que um dia espero ser; mas graças a Deus não sou o que fui antes, e é pela graça de Deus que sou o que sou”. Essa é a realidade do “já” mas “ainda não” na vida individual do cristão, e é a verdade da igreja também.
John Newton
sexta-feira, 20 de abril de 2012
A seriedade em estudar as escrituras sagradas.
Precisamos de alimento sólido... não apenas de migalhas. Precisamos aprender
a arte de mastigar... não de ficar somente a sugar mamadeiras. Precisamos
pensar com alguma honestidade moral... não de continuar o processo de lavagem
cerebral religiosa. Disse um líder cristão: “O cristianismo costumava ser um
toque de trombeta chamado para a vida santa, pensamento elevado e sólido e
estudo da Bíblia; agora é um tímido e apologético convite para um suave
debate”. (HENRICHSEN, Walter A., Princípios de Interpretação Biblica.
Editora Mundo Cristão, São Paulo, 1980)
A LÍNGUA
A LÍNGUA, FONTE DE VIDA OU UM
VENENO MORTÍFERO??
A língua pode ser uma fonte de vida ou um veneno
mortífero. Pode dar vida ou matar (Pv 18.21). Tiago diz que se alguém não
tropeça no falar é perfeito varão (Tg 3.2). Até o tolo quando se cala é tido
por sábio e no muito falar não falta transgressão. O homem tem conseguido domar
toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos, mas a língua
nenhum dos homens é capaz de domar. A língua é mal incontido, carregado de
veneno mortífero (Tg 3.7,8).
Tiago fala sobre quatro coisas que a língua é capaz de fazer.
Tiago fala sobre quatro coisas que a língua é capaz de fazer.
1. A língua é capaz de dirigir (Tg 3.3,4) – Tiago compara a língua ao freio do cavalo e ao leme do navio. Tanto o freio como o leme são instrumentos usados para controlar e dirigir. O freio controla e dirige o cavalo e o leme controla e dirige o navio. Um cavalo indócil pode usar sua força para o mal e tornar-se uma ameaça, mas se domado e controlado pelo freio usará sua força para o bem. Um cavalo governado pelo freio torna-se um animal dócil e útil ao seu proprietário. Um navio sem leme seria um veículo de morte e não de vida. Sem a direção do leme, um navio arrebentar-se-ia nos rochedos e provocaria grandes desastres, com muitos prejuízos. Tiago diz que a língua, um pequeno órgão tem o mesmo poder do freio e do leme. Ela pode governar e dirigir nossa vida para o bem ou para o mal (Tg 3.5). Com ela podemos nos livrar de terríveis acidentes ou podemos provocar imensos desastres.
2. A língua é capaz de destruir (Tg 3.5b-8) – Tiago compara a língua ao fogo e ao veneno. Ambos são destruidores. Uma pequena fagulha coloca em chamas toda uma selva. Uma pequena dose de veneno pode matar uma pessoa rapidamente. Tiago diz que a língua é fogo; é mundo de iniqüidade. Ela não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno (Tg 3.6). A língua é mal incontido, carregado de veneno mortífero (Tg 3.8). Assim como um incêndio, muitas vezes, se torna incontrolável, Tiago também diz que a língua é indomável (Tg 3.9). A maledicência destrói e mata. A boataria espalha-se como um rastilho de pólvora e destrói como um incêndio que se espalha numa floresta.
3. A língua é capaz de deleitar e alimentar (Tg 3.9-12) – Tiago prossegue em seu argumento dizendo que a língua é comparada a uma fonte (Tg 3.11) e a uma árvore frutífera (Tg 3.12). A fonte pode nos saciar e a árvore pode produzir frutos saborosos que nos alimentam. Nossa língua pode ser medicina. Nossas palavras podem ser boas para a edificação. Com a nossa língua podemos trazer refrigério e restauração para as pessoas.
4. A língua é capaz de praticar profundas contradições (Tg 3.9-12) – Tiago faz uma afirmação e depois revela uma incoerência. A afirmação demonstra o aspecto contraditório da língua: Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus (Tg 3.9). Diz Tiago que de uma só boca procede bênção e maldição (Tg 3.10). Tiago, porém, argumenta que essa incoerência é uma prática inconveniente: “Meus irmãos, não é conveniente que estas cousas sejam assim” (Tg 3.10b). Tiago fecha a questão mostrando a impossibilidade de usarmos nossa língua para duas práticas tão contraditórias: “Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce” (Tg 3.11,12). Nossa língua é fonte de água doce ou salgada; é medicina ou veneno; é veículo para a glorificação de Deus ou ferramenta para amaldiçoar as pessoas. Não pode ser as duas coisas ao mesmo tempo. Que Deus nos ajude a fazer a escolha certa!
DIÁLOGO DE JESUS COM NICODEMOS.
Jesus o Eterno Filho de Deus!
O apóstolo João relata em seu
escrito um diálogo extremamente importante que todo cristão precisa
compreender, nesta conversa do Senhor com o mestre da lei “Nicodemos”, o eterno
Deus revela através do Filho amado “Jesus”
a importância do novo nascimento para se entrar no Reino de Deus. Abaixo segue
algumas características existentes neste texto. (Jo 3.1-21)
Mestre vindo da parte de Deus
Ø Expressão
que distingue dos demais mestres, mestres que foram formados nas escolas de
ensino religioso.
Nicodemus pede ao Senhor que
esclareça o seu ensino, especialmente a cerca do Reino de Deus.
Ø Se
alguem não nascer de novo[1], não pode ver o
Reino de Deus. Onde descreve o nascimento vindo do alto.
Uma crença baseada em milagres
não é adequada, pois deixa a personalidade humana (intátil – intangivel).
Somente a renovação do homem
interior permite ao homem a participação no Reino de Deus.
No texto de João fica evidente
que para se entrar no reino de Deus é preciso ter “arrependimento e também o coração purificado”, que é
tipificado por Jesus no verso 5, “Digo-lhe a verdade: ninguém pode entrar no
Reino de Deus, se não nascer da água
e do Espírito”.
Ø
água – (Expressão
que é utilizada por João e Jesus “Eu os batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim vem
alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as suas
sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11). “Depois
que João foi preso, Jesus foi para a Galiléia, proclamando as boas novas de
Deus. “O tempo é chegado”, dizia ele. “O Reino de Deus está próximo. arrependam-se e creiam nas boas novas!”
(Mc 1.14-15).
Ø
espírito
– (Jesus fala do Espírito para se ter cuidado com uma
vida de ritualismo, uma vida “oca e vazia”, pois sem a eficacia do Espírito
Santo, isto é, literalmente a vida de
deus em sua vida; pois somente Ele é o único que pode vivificar o
homem/mulher interior.
Um outro fato importante que
temos que dar atenção é a força purificadora que a Palavra de Deus tem. “para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água[2]
mediante a palavra,...” (Ef 5.26).
Nesta porção do texto de Paulo
aos Efésios, podemos fazer uma alusão ao batismo de João que era para
arrependimento.
Jesus demonstra a Nicodemos que é
preciso ter fé, que é demonstrado pelo batismo no Espírito o qual traz fé.
Ainda podemos ver no diálogo do
Senhor com Nicodemos a necessidade do nascimento espiritual.
Nascimento espiritual
De acordo com a Biblia, este
nascimento[3]
é a primeira condição para entrada no
Reino de Deus.
Ø
“vento e
espírito”, utiliza-se o mesmo termo grego para traduzir
estas palavras (pneuma).
Da
mesma forma que a presença do vento é reconhecida por seus efeitos (sentimos o
vento quando ele nos toca), também o Espírito torna-se manifesto pela sua operação[4].
Os movimentos do Espírito são
soberanos. Assim, a origem e destino da vida do cristão, em que o Espírito de
Deus tem forjado sua obra criativa, são desconhecidos pelo mundo. (sistema
presente).
Versos 9-13 – Jesus fica surpreso com a ignorância
de Nicodemos.
V.11 – O Senhor se associa aos
discípulos e a totalidade do testemunho profético do passado, Jesus afirma que
eles, têm visto e conhecido[5]
a obra do Espírito Santo. Desta forma, são idoneos para testemunhar sua
atividade em suas vidas.
V.12 – Jesus indaga, Nicodemos dizendo
se os Judeus não creram no testemunho concernente às coisas terrenas, ainda que
sua origem esteja no céu. (ref. ao Novo Testamento).
Como poderão receber as bençãos
celestiais a respeito da maxima revelação de seus eternos conselhos.
V.13 – Jesus veio do céu, com
perfeito conhecimento de Deus, a fim de revelar a plenitude da gloria de Deus
aos homens.
VV. 14-15 – Jesus ilustra o
grande tema concernente à vinda do Filho do Homem em carne, por meio de um
acontecemento registrado no Antigo Testamento. (Nm 21.8-9).
Os israelitas tinham que olhar
para serpente levantada no deserto por Moisés, para receberem vida
(pré-figuração de Jesus Cristo no calvario).
Ø Do
mesmo modo, os homens sujeitos à condenação por causa do pecado poderão receber
vida eterna e restauração.
V.15 – Redenção do mundo.
Somente a morte do Filho de Deus
era capaz de redimir o homem do pecado.
V.16-17 – A morte do Filho de
Deus foi determinada pela vontade do Pai; não foi vontade humana, foi o
maravilhoso amor de Deus, que entregou seu Filho unigênito como sacrifício pelo
mundo, sacrifício que está ao alcance de todos.
Neste trecho do diálogo de Jesus
com Nicodemuns, “mundo” é o palco em que Deus cumpre os seus propósitos de
redenção.
V. 16-21 – logia, autentica Palavra de Jesus (dos
próprios lábios do Senhor).
Neste texto não restam duvidas de
que o evangelista se compenetra profundamente da mente de Jesus e, que se não “ipsissima vox”, certamente contêm a
quinta-essência[6] do glorioso evangelho.
V.18 – Crer no nome do... Filho de
Deus, significado colocar confiança pessoal no seu ato redentor. Aqueles que
não o fazem já estão condenados.
Jesus veio salvar o mundo,
todavia o mundo foi julgado por sua vinda (v. 17, 19). Nestes versos ficam
claro que existe um contraste um contraste entre “Luz” e “Trevas”.
De forma bem clara e simples
Jesus esta dizendo a Nicodemos que o novo nascimento é expresso pelos frutos,
isto é, obras que são manifestas por intermédio de Deus.
A Fé é a prática da verdade, ela
obedece e procura a Luz. Esta é investigada minuciosamente por Deus. A obra de
Cristo discerne o bem do mal. Este é o verdadeiro julgamento que Jesus trouxe
ao mundo. E isto constitui uma crise na história mundial, obrigando os homens,
pelos fatos apresentados, ou virem para luz, ou a permanecerem nas trevas.
conclusão
No diálogo de Jesus com Nicodemos
o Senhor nos ensina que para se entrar no Reino de Deus é necessário estar
purificado, ter Fé e nascer denovo. Isto é, ter a mente e a vida renovada pela
Palavra de Deus como Paulo diz aos Romanos “Não se amoldem ao padrão deste
mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes
de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” , deixando
que o Senhor conduza as vidas dos cristãos por meio de sua revelação, isto é, a
Palavra de Deus
Soli Deo Gloria!
Pr. Kleber Hudson Mostachi
Soli Deo Gloria!
Pr. Kleber Hudson Mostachi
[1]
Pode ser do “alto”, isto é, de “cima” – [É ter uma mudança radical no coração].
[2]
Na cultura judaica, o batismo e/ou banho de purificação era uma pratica comum.
[3]
Espiritual mediante a Palavra de Deus.
[4]
Fruto do Espírito (Gl 5.22-26). “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz,
paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra
essas coisas não há lei. Os que pertencem a paixões e os seus desejos. Se
vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito. Não sejamos presunçosos,
provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros.”
[5] Provado,
vivido, experimentado.
[6] Levado
ao ultimo apuramente, requinte; o mais alto grau.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
O ser de Deus deve ser o começo, o meio, o fim, a vida, e a totalidade dos estudos.
“Não vale a pena se aplicar ao
estudo da física e de outras ciências, se Deus não for o ponto de referência de
todas as coisas. Ver e admirar, reverenciar e adorar, amar e ter prazer em
Deus, conforme demonstrado em suas obras – essa é a verdadeira e única filosofia.
O contrário é mera imprudência, assim chamada pelo próprio Deus. Esta é a
santificação dos seus estudos: quando eles são dedicados a Deus e quando ele é
o fim, o objetivo e a vida em relação a todos e a cada um deles. [...] O ser de
Deus deve ser o começo, o meio, o fim, a vida, e a totalidade dos estudos.”
Soli Deo Gloria!
Richard Baxter
quarta-feira, 21 de março de 2012
Filhos, benção de Deus.
Conduzindo nossos filhos nos caminhos do Senhor.
Se pensarmos de
acordo com o que o livro de 1 Samuel nos diz podemos ter filhos para glória de
Deus. Quando nos deparamos com os escritos deste maravilhoso livro, vemos que logo
no início deste livro (cap. 1-3) está o relato de uma bela história que tem
muito a nos dizer hoje. O livro nos fala sobre Elcana e que todos os anos ele
subia de Siló para adorar e sacrificar ao Senhor dos Exércitos. Mas, também nos
fala da aflição de Ana, mulher que era estéril, mas que tinha um grande desejo
de ter um filho. Por isso, estava orando continuamente ao Senhor por um filho.
A oração de Ana foi ouvida, o Senhor realizou um milagre na vida dela, pois ela
engravidou, o Senhor tirou sua estérilidade. Conforme a Bíblia nos diz no
devido tempo Ana deu à luz um filho. E deu-lhe o nome de Samuel, dizendo: “Eu o
pedi ao Senhor”. Ana dedicou o seu filho
ao Senhor, isto é, depois do menino ter sido desmamado ela levou o pequeno
Samuel ao templo do Senhor a fim de cumprir seu voto, ali Samuel seria ensinado
nos caminhos de Deus. A Bíblia diz que o menino crescia na presença do Senhor.
Samuel ministrava perante o Senhor, sob a direção de Eli; neste tempo a
manifestação do Senhor era rara, e nem visões era frequente. Certa noite, quando
a lâmpada de Deus ainda não havia se apagado, e Samuel estava deitado no
santuário do Senhor, onde se encontrava a arca de Deus. Então, o Senhor chamou
Samuel. O menino foi até Eli, tendo em mente que este o chamará, mas o
sacerdote Eli disse: não o chemei, isso se repetiu por três vezes. Então, Eli
entendeu que era o Senhor que estava chamendo Samuel, e disse: “Vá e deite-se;
se ele chamá-lo, diga: ‘Fala, Senhor, pois o ter servo está ouvindo’”. A Bíblia
diz que o Senhor tornou a chamar: “Samuel, Samuel!”. O menino disse: “Fala,
pois o teu servo está ouvindo”. Neste encontro que Samuel teve com Deus, o
Senhor lhe revelou muitas coisas sobre os filhos de Eli, o Senhor disse: “Vou realizar em Israel algo que fará tinir
os ouvidos de todos os que ficarem sabndo. Nessa ocasição executarei contra Eli
tudo o que falei contra sua família, do começo ao fim. Pois eu lhe disse que
julgaria sua família para sempre, por causa do pecado dos seus filhos, do qual
ele tinha consciência; seus filhos se fizeram despresíveis, e ele não os puniu.
Por isso jurei à família de Eli: ‘Jamais se fará propiciação pela culpa da
família de Eli mediante sacríficio ou oferta’”. Como vimos os filhos de Eli
eram desobedientes, eles profanavam a casa do Senhor (1Sm 2.12-17), como sacerdotes
eles não poderiam ter tal comportamento, Deus disse que isso não ficaria sem a
sua devida punição. Mas, ao contrário de Hofni e Finéias, Samuel ministrava
perante o Senhor, com total dedicação e continuava a crescer, sendo cada vez
mais estimado pelo Senhor e pelo povo.
Samuel tornou-se
um grande profeta de Israel, a Bíblia diz que nenhuma de suas palavras cairam
por terra, Samuel foi um menino muito inteligente porque sua mãe o conduziu ao
lugar certo, na presença do Senhor.
Assim, podemos
entender e aprender com a vida de Ana e seu filho Samuel, que foi bem diferente
da vida dos filhos de Eli, que mesmo sendo sacerdote não conseguiu enculcar a
grandeza dos caminhos do Senhor no coração de seus filhos. Nesta lição, podemos
ver que são os pais que tem a responsabilidade de conduzir seus filhos para
mais perto de Deus, Ana, conseguiu conduzir seu filho ao Senhor, cabe aos pais
clamar a Deus e pedir o auxilio, a ajuda para conduzir seus filhos a Deus da
melhor maneira possível ao Senhor, fazendo isso os caminhos dos filhos certamente
serão abençoados por Deus, e o Senhor estará com eles.
Soli Deo
Gloria!
Pr. Kleber H.
Mostachi
sexta-feira, 16 de março de 2012
A SOBERÂNIA E O GOVERNO DE DEUS
9Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos
céus, santificado seja o teu nome; 10Venha o teu reino, seja feita
a tua vontade, assim na terra como no céu; 11O päo nosso de cada
dia nos dá hoje; 12E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos
aos nossos devedores; 13E näo nos induzas à tentaçäo; mas livra-nos
do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.
(Mateus 6:9-13)
Diante desta maravilhosa passagem Bíblica, precisamos
entender que é o Senhor que deve governar a nossas vidas. Para tanto, quero
desenvolver alguns aspectos que mudarão a vida daqueles que confiam no Senhor.
1. Venha o teu Reino
2. A tua vontade Senhor
3. Assim na terra como no céu.
Amados ao olharmos
para Mateus 6.9-13 nos deparamos com a conhecida oração do Pai Nosso, uma
oração que demonstra a soberania de Deus.
No entanto, é preciso olharmos para o contexto desta oração, a fim de melhor compreendermos
o seu significado para nossas vidas. O
contexto desta oração é o Sermão da Montanha que só Mateus e Lucas
registram. Nesta ocasião Jesus profere este sermão para combater os escribas, fariseus e outros mestres do povo judeu
que estavam interpretando erroneamente a lei dada por Deus a Moisés; Cristo o
faz com a intenção de desdobrar a lei mosaica, conferindo-lhe um conteúdo
espiritual mais elevado.
Para tanto, quero
me ater ao versículo 10, o qual diz a respeito ao clamor para que venha o Reino
de Deus. A questão é: Como viver o Reino
de Deus que já foi inaugurado mas que ainda não está em sua plenitude?
1. Venha o teu Reino
Igreja, esta é
uma frase que todos conhecem, pois todos nós oramos o “Pai Nosso” (Mt 6.9-13),
dia após dia esta oração é utilizada pelos cristãos em várias ocasiões da vida.
Poderiamos dizer que é o “trivial”, é uma oração que todos conhecem. No
entanto, precisamos entender o que significa clamar para que o Reino de Deus
venha até nós. Em primeiro lugar, ele é real. Também precisamos entender que
este clamor é vivido através da fé; é uma esperança que tem raizes profundas no
Antigo Testamento e se fundamenta na certeza que existe um Deus vivo e eterno.
Um Deus que tem um propósito para toda humanidade. A Bíblia diz que o Deus de
Israel é um Deus de paz (Is 11.6), Ele nos promete constantemente ‘paz,
proteção, segurança etc’. Esta esperança é extendida no Novo Testamento através
de Jesus de Nazaré com a proclamação: “Arrependam-se, pois o Reino dos céus
está próximo” (Mt 4.17). Os ensinos de Jesus visava mostrar aos homens como
entrar no Reino de Deus (Mt 5.20; 7.21). Este reino já estava presente, pois
suas obras o demonstravam (Mt 12.28). Então, vemos de forma explicita quando
Jesus ensina seus discípulos a orar, no cerne da oração estava as palavras “Venha o teu Reino; ...” (Mt 6.10).
Desta forma, nos perguntamos o que é este Reino? Ao olharmos para história da
igreja, vemos que são várias as respostas a está pergunta. Como: “O Reino de
Deus é um poder interior que entra na alma humana e se apossa dela; ele é
“totalmente o outro” que entrou no tempo e no espaço na pessoa de Jesus de
Nazaré, etc”. Diante de tantas interpretações, é melhor deixarmos estas
interpretações de lado e olharmos para Palavra de Deus e ver alguns
exemplos e o que ela tem a dizer sobre o
Reino de Deus.
A Bíblia diz em
Romanos que ele é real “Pois o Reino de Deus não é comida nem
bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Estas
atitudes são derivadas do fruto do Espírito (Gl 5.22) que Deus concede agora
àqueles que entregam sua vida ao governo do Espírito.
Ele é a herança que Deus
concederá ao seu povo quando Cristo vier em glória. “Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham benditos de
meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do
mundo’” (Mt 25.34).
Paulo diz, que
Deus nos “resgatou do domínio das trevas
e nos transportou para o Reino do seu Filho amado” (Cl 1.13). “O Reino de Deus é para todos que não
praticam o mal. Pois os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai”
(Mt 13.41,43). Segundo Jesus o Reino de Deus já está presente no meio dos
homens. Ele é uma benção espiritual
redentora (Rm 14.17), experimentada
apenas por meio do novo nascimento (Jo 3.3), e, contudo, tem a ver com o governo de Deus.
A Bíblia tem
muito a nos dizer sobre o Reino de Deus. O clamor “Venha o teu Reino” é real para quem se arrepende e crê no evangelho (Mc 1.15), pra quem faz a vontade do
Pai celestial (Mt 7.21), e também pra queles que excedem a justiça dos escribas e fariseus (Mt 5.20). São muitas as
referências bíblicas que nos falam a cerca do Reino de Deus, por enquanto estes
exemplos nos bastam. Em suma, aqueles
que, pela fé no evangelhos de Cristo, se tornaram membros do Reino são filhos
de Deus e têm de viver de acordo com isso, como pessoas redimidas por ele e
que, no fim, herdarão a vida eterna.
2. A tua vontade Senhor
Quando
decidimos viver sob a vontade de Deus, toda nos vida muda. Em primeiro lugar a
nossa perspectiva de vida deixa de existir, os padrões deste sistema já não é o
nosso alvo. Antes, procuramos viver de forma plena, isto é, queremos entender
qual é a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus (Rm 12.2), também procuramos viver pelo Espírito, a fim de
não satisfazermos os desejos da carne que são: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria;
ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissenções, facções e inveja;
embriaguez, orgias e coisas semelhantes. (Gl 5.19-21). Tudo isso são as
consequências do pecado, e quem tal coisas prática não verá o reino de Deus.
Viver de acordo com a vontade de Deus é ir além das nossas próprias
expectativas, é fazer o melhor para Deus todos os dias, é ter um intenso
relacionamento com Jesus Cristo, o Filho de Deus, que nos amou e se entregou por nós (Jo 3.16). Fazer a vontade de Deus é
aceitar o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário, pois através deste
fomos libertos das garras de Satanás.
Uma outra coisa
que precisamos entender é que nem sempre a vontade do Senhor combina com a
nossa vontade, e isso vemos várias vezes no Sermão da Montanha, Jesus nos
ensina sobre a vingança (Mt
5.38-42), sobre o amor pelos inimigos
(Mt 5.43-48), e muitos outros assuntos. Desta forma, podemos entender que viver
sob a vontade de Deus só é possível quando nascemos denovo (Jo 3.3), é quando
somos cristãos na prática, é quando a igreja sai das quatro paredes para fora e
anúncia a boa-nova do Reino de Deus, e que as pessoas podem vivê-lo agora.
3. Assim na terra como no céu
Estamos
chegando ao fim desta palavra, mas, ainda precisamos entender o que é viver sob
a vontade de Deus aqui na terra, como se já estivessemos vivendo no céu. Aqui,
entendemos que é viver a realidade da vida do Reino ‘já’, aqui e agora. A
Bíblia diz que no Reino de Deus não entrarão os: os cães [impuros], os que praticam a feitiçaria, os que cometem
imoralidade sexual, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam
a mentira (Ap 22.15). Desta forma então, o que a igreja (que é o corpo de
Cristo) precisa fazer para atrair as pessoas que ainda estão do lado de fora?
Em uma única frase ‘é começar, ela
mesma, a viver a vida cristã’. Uma vida dirigida pelo Espírito Santo (Gl
5.1), está vida, tem por objetivo transformar pessoas de forma extraordinária
(através da Palavra de Deus), devemos realizar o bem para todos, e através de
uma verdadeira espiritualidade, poder restaurar o caido com mansidão e também cuidar
de si para não ser tentando. Devemos levar o fardo uns dos outros em amor (Gl
6.1-2). Precisamos enteder que o que o próprio Senhor nos ensinou no evangelhos
de Lucas (5.31-32).São muitos que estão machucados, estas pessoas precisam de
serem medicadas através do anúncio do Reino de Deus.
Como já
dissemos os cristãos que clamam pelo Reino de Deus, tem que ter a vida dirigida
por Deus é expressar o fruto do Espírito: que é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
mansidão e domínio próprio. Contra estas coisas não há lei [isto é, não
estão sob o jugo da lei – grifo meu]. Os que pertencem a Cristo Jesus
crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos pelo
Espírito, andemos também pelo Espírito. (Gl 5.22-25).
Conclusão:
Pensando em
tudo o que foi dito até agora, aceitar o clamor que está no cerne da oração que
o Senhor nos ensinou, é deixar que Jesus Cristo governe a nossa vida em todos
os sentidos, é aceitar o sacríficio que o Senhor ofereceu de uma vez por todas
no Calvário pelas nossas vidas; como Ele mesmo nos disse: “Aquele que quer vir
após mim, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” (Lc
9.23). Como foi dito, é ter a vida nos padrões do Reino de Deus, viver a vida
do Reino é muito melhor que a vida oferecida pelo principe deste século. Em
suma é deixar a vida mundana (sistema presente) e viver para glória de Deus.
Amém!
Soli Deo
Gloria!
Pr. Kleber Hudson Mostachi
Pr. Kleber Hudson Mostachi
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
A vida Cristã
A vida crista é uma decisão que cada pessoa decide viver, ao contrário do que muitos pensam é um convite para “morte”; quando olhamos para o que Jesus diz em Lucas 9.23 vemos claramente que é um convite à uma decisão, digo decisão porque Jesus está convidando o homem/mulher para subir até Jerusalém, isto é, o Calvário e ali morrer definitivamente. E só o Espírito Santo pode nos conduzir até tal lugar. Infelizmente grande parte da cristandade não tem compreendido está mensagem “se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” a má compreenção desta palavra gera um cristianismo mediocre e sem sentido. Afinal, um cristianismo que não convida o homem/mulher para morte e nem confronta a suas vidas, não pode ser chamado de cristianismo verdadeiro.
O apóstolo Paulo nos dá um exemplo claro de como devemos viver a vida cristã, ele demosntra isso quando escreve aos Gálatas dizendo: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”. Baseado no exemplo que Paulo nos dá, precisamos crucificar os desejos desta vida e passar a viver como o apóstolo. É Cristo quem deve viver em cada cristão a fim de vivermos para glória de Deus, pois nisto consiste a vida cristã.
Soli Deo Gloria!
Por Pr. kleber Hudson Mostachi
Por Pr. kleber Hudson Mostachi
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