9Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos
céus, santificado seja o teu nome; 10Venha o teu reino, seja feita
a tua vontade, assim na terra como no céu; 11O päo nosso de cada
dia nos dá hoje; 12E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos
aos nossos devedores; 13E näo nos induzas à tentaçäo; mas livra-nos
do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.
(Mateus 6:9-13)
Diante desta maravilhosa passagem Bíblica, precisamos
entender que é o Senhor que deve governar a nossas vidas. Para tanto, quero
desenvolver alguns aspectos que mudarão a vida daqueles que confiam no Senhor.
1. Venha o teu Reino
2. A tua vontade Senhor
3. Assim na terra como no céu.
Amados ao olharmos
para Mateus 6.9-13 nos deparamos com a conhecida oração do Pai Nosso, uma
oração que demonstra a soberania de Deus.
No entanto, é preciso olharmos para o contexto desta oração, a fim de melhor compreendermos
o seu significado para nossas vidas. O
contexto desta oração é o Sermão da Montanha que só Mateus e Lucas
registram. Nesta ocasião Jesus profere este sermão para combater os escribas, fariseus e outros mestres do povo judeu
que estavam interpretando erroneamente a lei dada por Deus a Moisés; Cristo o
faz com a intenção de desdobrar a lei mosaica, conferindo-lhe um conteúdo
espiritual mais elevado.
Para tanto, quero
me ater ao versículo 10, o qual diz a respeito ao clamor para que venha o Reino
de Deus. A questão é: Como viver o Reino
de Deus que já foi inaugurado mas que ainda não está em sua plenitude?
1. Venha o teu Reino
Igreja, esta é
uma frase que todos conhecem, pois todos nós oramos o “Pai Nosso” (Mt 6.9-13),
dia após dia esta oração é utilizada pelos cristãos em várias ocasiões da vida.
Poderiamos dizer que é o “trivial”, é uma oração que todos conhecem. No
entanto, precisamos entender o que significa clamar para que o Reino de Deus
venha até nós. Em primeiro lugar, ele é real. Também precisamos entender que
este clamor é vivido através da fé; é uma esperança que tem raizes profundas no
Antigo Testamento e se fundamenta na certeza que existe um Deus vivo e eterno.
Um Deus que tem um propósito para toda humanidade. A Bíblia diz que o Deus de
Israel é um Deus de paz (Is 11.6), Ele nos promete constantemente ‘paz,
proteção, segurança etc’. Esta esperança é extendida no Novo Testamento através
de Jesus de Nazaré com a proclamação: “Arrependam-se, pois o Reino dos céus
está próximo” (Mt 4.17). Os ensinos de Jesus visava mostrar aos homens como
entrar no Reino de Deus (Mt 5.20; 7.21). Este reino já estava presente, pois
suas obras o demonstravam (Mt 12.28). Então, vemos de forma explicita quando
Jesus ensina seus discípulos a orar, no cerne da oração estava as palavras “Venha o teu Reino; ...” (Mt 6.10).
Desta forma, nos perguntamos o que é este Reino? Ao olharmos para história da
igreja, vemos que são várias as respostas a está pergunta. Como: “O Reino de
Deus é um poder interior que entra na alma humana e se apossa dela; ele é
“totalmente o outro” que entrou no tempo e no espaço na pessoa de Jesus de
Nazaré, etc”. Diante de tantas interpretações, é melhor deixarmos estas
interpretações de lado e olharmos para Palavra de Deus e ver alguns
exemplos e o que ela tem a dizer sobre o
Reino de Deus.
A Bíblia diz em
Romanos que ele é real “Pois o Reino de Deus não é comida nem
bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Estas
atitudes são derivadas do fruto do Espírito (Gl 5.22) que Deus concede agora
àqueles que entregam sua vida ao governo do Espírito.
Ele é a herança que Deus
concederá ao seu povo quando Cristo vier em glória. “Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham benditos de
meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do
mundo’” (Mt 25.34).
Paulo diz, que
Deus nos “resgatou do domínio das trevas
e nos transportou para o Reino do seu Filho amado” (Cl 1.13). “O Reino de Deus é para todos que não
praticam o mal. Pois os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai”
(Mt 13.41,43). Segundo Jesus o Reino de Deus já está presente no meio dos
homens. Ele é uma benção espiritual
redentora (Rm 14.17), experimentada
apenas por meio do novo nascimento (Jo 3.3), e, contudo, tem a ver com o governo de Deus.
A Bíblia tem
muito a nos dizer sobre o Reino de Deus. O clamor “Venha o teu Reino” é real para quem se arrepende e crê no evangelho (Mc 1.15), pra quem faz a vontade do
Pai celestial (Mt 7.21), e também pra queles que excedem a justiça dos escribas e fariseus (Mt 5.20). São muitas as
referências bíblicas que nos falam a cerca do Reino de Deus, por enquanto estes
exemplos nos bastam. Em suma, aqueles
que, pela fé no evangelhos de Cristo, se tornaram membros do Reino são filhos
de Deus e têm de viver de acordo com isso, como pessoas redimidas por ele e
que, no fim, herdarão a vida eterna.
2. A tua vontade Senhor
Quando
decidimos viver sob a vontade de Deus, toda nos vida muda. Em primeiro lugar a
nossa perspectiva de vida deixa de existir, os padrões deste sistema já não é o
nosso alvo. Antes, procuramos viver de forma plena, isto é, queremos entender
qual é a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus (Rm 12.2), também procuramos viver pelo Espírito, a fim de
não satisfazermos os desejos da carne que são: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria;
ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissenções, facções e inveja;
embriaguez, orgias e coisas semelhantes. (Gl 5.19-21). Tudo isso são as
consequências do pecado, e quem tal coisas prática não verá o reino de Deus.
Viver de acordo com a vontade de Deus é ir além das nossas próprias
expectativas, é fazer o melhor para Deus todos os dias, é ter um intenso
relacionamento com Jesus Cristo, o Filho de Deus, que nos amou e se entregou por nós (Jo 3.16). Fazer a vontade de Deus é
aceitar o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário, pois através deste
fomos libertos das garras de Satanás.
Uma outra coisa
que precisamos entender é que nem sempre a vontade do Senhor combina com a
nossa vontade, e isso vemos várias vezes no Sermão da Montanha, Jesus nos
ensina sobre a vingança (Mt
5.38-42), sobre o amor pelos inimigos
(Mt 5.43-48), e muitos outros assuntos. Desta forma, podemos entender que viver
sob a vontade de Deus só é possível quando nascemos denovo (Jo 3.3), é quando
somos cristãos na prática, é quando a igreja sai das quatro paredes para fora e
anúncia a boa-nova do Reino de Deus, e que as pessoas podem vivê-lo agora.
3. Assim na terra como no céu
Estamos
chegando ao fim desta palavra, mas, ainda precisamos entender o que é viver sob
a vontade de Deus aqui na terra, como se já estivessemos vivendo no céu. Aqui,
entendemos que é viver a realidade da vida do Reino ‘já’, aqui e agora. A
Bíblia diz que no Reino de Deus não entrarão os: os cães [impuros], os que praticam a feitiçaria, os que cometem
imoralidade sexual, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam
a mentira (Ap 22.15). Desta forma então, o que a igreja (que é o corpo de
Cristo) precisa fazer para atrair as pessoas que ainda estão do lado de fora?
Em uma única frase ‘é começar, ela
mesma, a viver a vida cristã’. Uma vida dirigida pelo Espírito Santo (Gl
5.1), está vida, tem por objetivo transformar pessoas de forma extraordinária
(através da Palavra de Deus), devemos realizar o bem para todos, e através de
uma verdadeira espiritualidade, poder restaurar o caido com mansidão e também cuidar
de si para não ser tentando. Devemos levar o fardo uns dos outros em amor (Gl
6.1-2). Precisamos enteder que o que o próprio Senhor nos ensinou no evangelhos
de Lucas (5.31-32).São muitos que estão machucados, estas pessoas precisam de
serem medicadas através do anúncio do Reino de Deus.
Como já
dissemos os cristãos que clamam pelo Reino de Deus, tem que ter a vida dirigida
por Deus é expressar o fruto do Espírito: que é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
mansidão e domínio próprio. Contra estas coisas não há lei [isto é, não
estão sob o jugo da lei – grifo meu]. Os que pertencem a Cristo Jesus
crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos pelo
Espírito, andemos também pelo Espírito. (Gl 5.22-25).
Conclusão:
Pensando em
tudo o que foi dito até agora, aceitar o clamor que está no cerne da oração que
o Senhor nos ensinou, é deixar que Jesus Cristo governe a nossa vida em todos
os sentidos, é aceitar o sacríficio que o Senhor ofereceu de uma vez por todas
no Calvário pelas nossas vidas; como Ele mesmo nos disse: “Aquele que quer vir
após mim, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” (Lc
9.23). Como foi dito, é ter a vida nos padrões do Reino de Deus, viver a vida
do Reino é muito melhor que a vida oferecida pelo principe deste século. Em
suma é deixar a vida mundana (sistema presente) e viver para glória de Deus.
Amém!
Soli Deo
Gloria!
Pr. Kleber Hudson Mostachi