quarta-feira, 21 de março de 2012

Filhos, benção de Deus.

Conduzindo nossos filhos nos caminhos do Senhor.

Se pensarmos de acordo com o que o livro de 1 Samuel nos diz podemos ter filhos para glória de Deus. Quando nos deparamos com os escritos deste maravilhoso livro, vemos que logo no início deste livro (cap. 1-3) está o relato de uma bela história que tem muito a nos dizer hoje. O livro nos fala sobre Elcana e que todos os anos ele subia de Siló para adorar e sacrificar ao Senhor dos Exércitos. Mas, também nos fala da aflição de Ana, mulher que era estéril, mas que tinha um grande desejo de ter um filho. Por isso, estava orando continuamente ao Senhor por um filho. A oração de Ana foi ouvida, o Senhor realizou um milagre na vida dela, pois ela engravidou, o Senhor tirou sua estérilidade. Conforme a Bíblia nos diz no devido tempo Ana deu à luz um filho. E deu-lhe o nome de Samuel, dizendo: “Eu o pedi ao Senhor”.  Ana dedicou o seu filho ao Senhor, isto é, depois do menino ter sido desmamado ela levou o pequeno Samuel ao templo do Senhor a fim de cumprir seu voto, ali Samuel seria ensinado nos caminhos de Deus. A Bíblia diz que o menino crescia na presença do Senhor. Samuel ministrava perante o Senhor, sob a direção de Eli; neste tempo a manifestação do Senhor era rara, e nem visões era frequente. Certa noite, quando a lâmpada de Deus ainda não havia se apagado, e Samuel estava deitado no santuário do Senhor, onde se encontrava a arca de Deus. Então, o Senhor chamou Samuel. O menino foi até Eli, tendo em mente que este o chamará, mas o sacerdote Eli disse: não o chemei, isso se repetiu por três vezes. Então, Eli entendeu que era o Senhor que estava chamendo Samuel, e disse: “Vá e deite-se; se ele chamá-lo, diga: ‘Fala, Senhor, pois o ter servo está ouvindo’”. A Bíblia diz que o Senhor tornou a chamar: “Samuel, Samuel!”. O menino disse: “Fala, pois o teu servo está ouvindo”. Neste encontro que Samuel teve com Deus, o Senhor lhe revelou muitas coisas sobre os filhos de Eli, o Senhor disse: “Vou realizar em Israel algo que fará tinir os ouvidos de todos os que ficarem sabndo. Nessa ocasição executarei contra Eli tudo o que falei contra sua família, do começo ao fim. Pois eu lhe disse que julgaria sua família para sempre, por causa do pecado dos seus filhos, do qual ele tinha consciência; seus filhos se fizeram despresíveis, e ele não os puniu. Por isso jurei à família de Eli: ‘Jamais se fará propiciação pela culpa da família de Eli mediante sacríficio ou oferta’”. Como vimos os filhos de Eli eram desobedientes, eles profanavam a casa do Senhor (1Sm 2.12-17), como sacerdotes eles não poderiam ter tal comportamento, Deus disse que isso não ficaria sem a sua devida punição. Mas, ao contrário de Hofni e Finéias, Samuel ministrava perante o Senhor, com total dedicação e continuava a crescer, sendo cada vez mais estimado pelo Senhor e pelo povo.
Samuel tornou-se um grande profeta de Israel, a Bíblia diz que nenhuma de suas palavras cairam por terra, Samuel foi um menino muito inteligente porque sua mãe o conduziu ao lugar certo, na presença do Senhor.
Assim, podemos entender e aprender com a vida de Ana e seu filho Samuel, que foi bem diferente da vida dos filhos de Eli, que mesmo sendo sacerdote não conseguiu enculcar a grandeza dos caminhos do Senhor no coração de seus filhos. Nesta lição, podemos ver que são os pais que tem a responsabilidade de conduzir seus filhos para mais perto de Deus, Ana, conseguiu conduzir seu filho ao Senhor, cabe aos pais clamar a Deus e pedir o auxilio, a ajuda para conduzir seus filhos a Deus da melhor maneira possível ao Senhor, fazendo isso os caminhos dos filhos certamente serão abençoados por Deus, e o Senhor estará com eles.

Soli Deo Gloria!

Pr. Kleber H. Mostachi

sexta-feira, 16 de março de 2012

A SOBERÂNIA E O GOVERNO DE DEUS

9Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; 11O päo nosso de cada dia nos dá hoje; 12E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; 13E näo nos induzas à tentaçäo; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. 


(Mateus 6:9-13)

Diante desta maravilhosa passagem Bíblica, precisamos entender que é o Senhor que deve governar a nossas vidas. Para tanto, quero desenvolver alguns aspectos que mudarão a vida daqueles que confiam no Senhor.

1. Venha o teu Reino
2. A tua vontade Senhor
3. Assim na terra como no céu.

Amados ao olharmos para Mateus 6.9-13 nos deparamos com a conhecida oração do Pai Nosso, uma oração que demonstra a soberania de Deus. No entanto, é preciso olharmos para o contexto desta oração, a fim de melhor compreendermos o seu significado para nossas vidas. O contexto desta oração é o Sermão da Montanha que só Mateus e Lucas registram. Nesta ocasião Jesus profere este sermão para combater os escribas, fariseus e outros mestres do povo judeu que estavam interpretando erroneamente a lei dada por Deus a Moisés; Cristo o faz com a intenção de desdobrar a lei mosaica, conferindo-lhe um conteúdo espiritual mais elevado.
Para tanto, quero me ater ao versículo 10, o qual diz a respeito ao clamor para que venha o Reino de Deus. A questão é: Como viver o Reino de Deus que já foi inaugurado mas que ainda não está em sua plenitude?

1. Venha o teu Reino

Igreja, esta é uma frase que todos conhecem, pois todos nós oramos o “Pai Nosso” (Mt 6.9-13), dia após dia esta oração é utilizada pelos cristãos em várias ocasiões da vida. Poderiamos dizer que é o “trivial”, é uma oração que todos conhecem. No entanto, precisamos entender o que significa clamar para que o Reino de Deus venha até nós. Em primeiro lugar, ele é real. Também precisamos entender que este clamor é vivido através da fé; é uma esperança que tem raizes profundas no Antigo Testamento e se fundamenta na certeza que existe um Deus vivo e eterno. Um Deus que tem um propósito para toda humanidade. A Bíblia diz que o Deus de Israel é um Deus de paz (Is 11.6), Ele nos promete constantemente ‘paz, proteção, segurança etc’. Esta esperança é extendida no Novo Testamento através de Jesus de Nazaré com a proclamação: “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo” (Mt 4.17). Os ensinos de Jesus visava mostrar aos homens como entrar no Reino de Deus (Mt 5.20; 7.21). Este reino já estava presente, pois suas obras o demonstravam (Mt 12.28). Então, vemos de forma explicita quando Jesus ensina seus discípulos a orar, no cerne da oração estava as palavras “Venha o teu Reino; ...” (Mt 6.10). Desta forma, nos perguntamos o que é este Reino? Ao olharmos para história da igreja, vemos que são várias as respostas a está pergunta. Como: “O Reino de Deus é um poder interior que entra na alma humana e se apossa dela; ele é “totalmente o outro” que entrou no tempo e no espaço na pessoa de Jesus de Nazaré, etc”. Diante de tantas interpretações, é melhor deixarmos estas interpretações de lado e olharmos para Palavra de Deus e ver alguns exemplos  e o que ela tem a dizer sobre o Reino de Deus.
A Bíblia diz em Romanos que ele é real “Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Estas atitudes são derivadas do fruto do Espírito (Gl 5.22) que Deus concede agora àqueles que entregam sua vida ao governo do Espírito.
Ele é a herança que Deus concederá ao seu povo quando Cristo vier em glória. “Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo’” (Mt 25.34).
Paulo diz, que Deus nos “resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado” (Cl 1.13). “O Reino de Deus é para todos que não praticam o mal. Pois os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai” (Mt 13.41,43). Segundo Jesus o Reino de Deus já está presente no meio dos homens. Ele é uma benção espiritual redentora (Rm 14.17), experimentada apenas por meio do novo nascimento (Jo 3.3), e, contudo, tem a ver com o governo de Deus.
A Bíblia tem muito a nos dizer sobre o Reino de Deus. O clamor “Venha o teu Reino” é real para quem se arrepende e crê no evangelho (Mc 1.15), pra quem faz a vontade do Pai celestial (Mt 7.21), e também pra queles que excedem a justiça dos escribas e fariseus (Mt 5.20). São muitas as referências bíblicas que nos falam a cerca do Reino de Deus, por enquanto estes exemplos nos bastam. Em suma, aqueles que, pela fé no evangelhos de Cristo, se tornaram membros do Reino são filhos de Deus e têm de viver de acordo com isso, como pessoas redimidas por ele e que, no fim, herdarão a vida eterna.


2. A tua vontade Senhor

Quando decidimos viver sob a vontade de Deus, toda nos vida muda. Em primeiro lugar a nossa perspectiva de vida deixa de existir, os padrões deste sistema já não é o nosso alvo. Antes, procuramos viver de forma plena, isto é, queremos entender qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2), também procuramos viver pelo Espírito, a fim de não satisfazermos os desejos da carne que são: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissenções, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. (Gl 5.19-21). Tudo isso são as consequências do pecado, e quem tal coisas prática não verá o reino de Deus. Viver de acordo com a vontade de Deus é ir além das nossas próprias expectativas, é fazer o melhor para Deus todos os dias, é ter um intenso relacionamento com Jesus Cristo, o Filho de Deus, que nos amou e se entregou por nós (Jo 3.16). Fazer a vontade de Deus é aceitar o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário, pois através deste fomos libertos das garras de Satanás.
Uma outra coisa que precisamos entender é que nem sempre a vontade do Senhor combina com a nossa vontade, e isso vemos várias vezes no Sermão da Montanha, Jesus nos ensina sobre a vingança (Mt 5.38-42), sobre o amor pelos inimigos (Mt 5.43-48), e muitos outros assuntos. Desta forma, podemos entender que viver sob a vontade de Deus só é possível quando nascemos denovo (Jo 3.3), é quando somos cristãos na prática, é quando a igreja sai das quatro paredes para fora e anúncia a boa-nova do Reino de Deus, e que as pessoas podem vivê-lo agora.

3. Assim na terra como no céu

Estamos chegando ao fim desta palavra, mas, ainda precisamos entender o que é viver sob a vontade de Deus aqui na terra, como se já estivessemos vivendo no céu. Aqui, entendemos que é viver a realidade da vida do Reino ‘já’, aqui e agora. A Bíblia diz que no Reino de Deus não entrarão os: os cães [impuros], os que praticam a feitiçaria, os que cometem imoralidade sexual, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e praticam a mentira (Ap 22.15). Desta forma então, o que a igreja (que é o corpo de Cristo) precisa fazer para atrair as pessoas que ainda estão do lado de fora? Em uma única frase ‘é começar, ela mesma, a viver a vida cristã’. Uma vida dirigida pelo Espírito Santo (Gl 5.1), está vida, tem por objetivo transformar pessoas de forma extraordinária (através da Palavra de Deus), devemos realizar o bem para todos, e através de uma verdadeira espiritualidade, poder restaurar o caido com mansidão e também cuidar de si para não ser tentando. Devemos levar o fardo uns dos outros em amor (Gl 6.1-2). Precisamos enteder que o que o próprio Senhor nos ensinou no evangelhos de Lucas (5.31-32).São muitos que estão machucados, estas pessoas precisam de serem medicadas através do anúncio do Reino de Deus.
Como já dissemos os cristãos que clamam pelo Reino de Deus, tem que ter a vida dirigida por Deus é expressar o fruto do Espírito: que é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra estas coisas não há lei [isto é, não estão sob o jugo da lei – grifo meu]. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito. (Gl 5.22-25).

Conclusão:

Pensando em tudo o que foi dito até agora, aceitar o clamor que está no cerne da oração que o Senhor nos ensinou, é deixar que Jesus Cristo governe a nossa vida em todos os sentidos, é aceitar o sacríficio que o Senhor ofereceu de uma vez por todas no Calvário pelas nossas vidas; como Ele mesmo nos disse: “Aquele que quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23). Como foi dito, é ter a vida nos padrões do Reino de Deus, viver a vida do Reino é muito melhor que a vida oferecida pelo principe deste século. Em suma é deixar a vida mundana (sistema presente) e viver para glória de Deus. Amém!

Soli Deo Gloria!


Pr. Kleber Hudson Mostachi