sábado, 21 de abril de 2012

O Poder!

“O poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente”.
Lorde Acton

Pela graça Deus que sou o que sou.

Podemos dizer da igreja o que John Newton dizia de si mesmo. Havia sido traficante de escravos e logo que se converteu chegou a ser pastor e escritor de hinos, um dos quais é o tão conhecido “Maravilhosa graça”. Newton dizia: “Não sou o que devo ser, não sou o que quero ser, não sou o que um dia espero ser; mas graças a Deus não sou o que fui antes, e é pela graça de Deus que sou o que sou”. Essa é a realidade do “já” mas “ainda não” na vida individual do cristão, e é a verdade da igreja também.

John Newton

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A seriedade em estudar as escrituras sagradas.


Precisamos de alimento sólido... não apenas de migalhas. Precisamos aprender a arte de mastigar... não de ficar somente a sugar mamadeiras. Precisamos pensar com alguma honestidade moral... não de continuar o processo de lavagem cerebral religiosa. Disse um líder cristão: “O cristianismo costumava ser um toque de trombeta chamado para a vida santa, pensamento elevado e sólido e estudo da Bíblia; agora é um tímido e apologético convite para um suave debate”. (HENRICHSEN, Walter A.,  Princípios de Interpretação Biblica. Editora Mundo Cristão, São Paulo, 1980)

A LÍNGUA


A LÍNGUA, FONTE DE VIDA OU UM VENENO MORTÍFERO??

A língua pode ser uma fonte de vida ou um veneno mortífero. Pode dar vida ou matar (Pv 18.21). Tiago diz que se alguém não tropeça no falar é perfeito varão (Tg 3.2). Até o tolo quando se cala é tido por sábio e no muito falar não falta transgressão. O homem tem conseguido domar toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos, mas a língua nenhum dos homens é capaz de domar. A língua é mal incontido, carregado de veneno mortífero (Tg 3.7,8).

Tiago fala sobre quatro coisas que a língua é capaz de fazer.

1. A língua é capaz de dirigir (Tg 3.3,4) – Tiago compara a língua ao freio do cavalo e ao leme do navio. Tanto o freio como o leme são instrumentos usados para controlar e dirigir. O freio controla e dirige o cavalo e o leme controla e dirige o navio. Um cavalo indócil pode usar sua força para o mal e tornar-se uma ameaça, mas se domado e controlado pelo freio usará sua força para o bem. Um cavalo governado pelo freio torna-se um animal dócil e útil ao seu proprietário. Um navio sem leme seria um veículo de morte e não de vida. Sem a direção do leme, um navio arrebentar-se-ia nos rochedos e provocaria grandes desastres, com muitos prejuízos. Tiago diz que a língua, um pequeno órgão tem o mesmo poder do freio e do leme. Ela pode governar e dirigir nossa vida para o bem ou para o mal (Tg 3.5). Com ela podemos nos livrar de terríveis acidentes ou podemos provocar imensos desastres.

2. A língua é capaz de destruir (Tg 3.5b-8) – Tiago compara a língua ao fogo e ao veneno. Ambos são destruidores. Uma pequena fagulha coloca em chamas toda uma selva. Uma pequena dose de veneno pode matar uma pessoa rapidamente. Tiago diz que a língua é fogo; é mundo de iniqüidade. Ela não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno (Tg 3.6). A língua é mal incontido, carregado de veneno mortífero (Tg 3.8). Assim como um incêndio, muitas vezes, se torna incontrolável, Tiago também diz que a língua é indomável (Tg 3.9). A maledicência destrói e mata. A boataria espalha-se como um rastilho de pólvora e destrói como um incêndio que se espalha numa floresta.

3. A língua é capaz de deleitar e alimentar (Tg 3.9-12) – Tiago prossegue em seu argumento dizendo que a língua é comparada a uma fonte (Tg 3.11) e a uma árvore frutífera (Tg 3.12). A fonte pode nos saciar e a árvore pode produzir frutos saborosos que nos alimentam. Nossa língua pode ser medicina. Nossas palavras podem ser boas para a edificação. Com a nossa língua podemos trazer refrigério e restauração para as pessoas.

4. A língua é capaz de praticar profundas contradições (Tg 3.9-12) – Tiago faz uma afirmação e depois revela uma incoerência. A afirmação demonstra o aspecto contraditório da língua: Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus (Tg 3.9). Diz Tiago que de uma só boca procede bênção e maldição (Tg 3.10). Tiago, porém, argumenta que essa incoerência é uma prática inconveniente: “Meus irmãos, não é conveniente que estas cousas sejam assim” (Tg 3.10b). Tiago fecha a questão mostrando a impossibilidade de usarmos nossa língua para duas práticas tão contraditórias: “Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce” (Tg 3.11,12). Nossa língua é fonte de água doce ou salgada; é medicina ou veneno; é veículo para a glorificação de Deus ou ferramenta para amaldiçoar as pessoas. Não pode ser as duas coisas ao mesmo tempo. Que Deus nos ajude a fazer a escolha certa!

DIÁLOGO DE JESUS COM NICODEMOS.

Jesus o Eterno Filho de Deus!

O apóstolo João relata em seu escrito um diálogo extremamente importante que todo cristão precisa compreender, nesta conversa do Senhor com o mestre da lei “Nicodemos”, o eterno Deus revela através do Filho amado “Jesus” a importância do novo nascimento para se entrar no Reino de Deus. Abaixo segue algumas características existentes neste texto. (Jo 3.1-21)

Mestre vindo da parte de Deus

Ø  Expressão que distingue dos demais mestres, mestres que foram formados nas escolas de ensino religioso.
Nicodemus pede ao Senhor que esclareça o seu ensino, especialmente a cerca do Reino de Deus.
Ø  Se alguem não nascer de novo[1], não pode ver o Reino de Deus. Onde descreve o nascimento vindo do alto.
Uma crença baseada em milagres não é adequada, pois deixa a personalidade humana (intátil – intangivel).
Somente a renovação do homem interior permite ao homem a participação no Reino de Deus.

No texto de João fica evidente que para se entrar no reino de Deus é preciso ter “arrependimento e também o coração purificado”, que é tipificado por Jesus no verso 5, “Digo-lhe a verdade: ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito”.

Ø  água – (Expressão que é utilizada por João e Jesus “Eu os batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11). “Depois que João foi preso, Jesus foi para a Galiléia, proclamando as boas novas de Deus. “O tempo é chegado”, dizia ele. “O Reino de Deus está próximo. arrependam-se e creiam nas boas novas!” (Mc 1.14-15).
Ø  espírito – (Jesus fala do Espírito para se ter cuidado com uma vida de ritualismo, uma vida “oca e vazia”, pois sem a eficacia do Espírito Santo, isto é, literalmente a vida de deus em sua vida; pois somente Ele é o único que pode vivificar o homem/mulher interior.

Um outro fato importante que temos que dar atenção é a força purificadora que a Palavra de Deus tem. “para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água[2] mediante a palavra,...” (Ef 5.26).
Nesta porção do texto de Paulo aos Efésios, podemos fazer uma alusão ao batismo de João que era para arrependimento.

Jesus demonstra a Nicodemos que é preciso ter fé, que é demonstrado pelo batismo no Espírito o qual traz fé.
Ainda podemos ver no diálogo do Senhor com Nicodemos a necessidade do nascimento espiritual.

Nascimento espiritual

De acordo com a Biblia, este nascimento[3] é  a primeira condição para entrada no Reino de Deus.

Ø  “vento e espírito”,  utiliza-se o mesmo termo grego para traduzir estas palavras (pneuma).
Da mesma forma que a presença do vento é reconhecida por seus efeitos (sentimos o vento quando ele nos toca), também o Espírito torna-se manifesto pela sua operação[4].

Os movimentos do Espírito são soberanos. Assim, a origem e destino da vida do cristão, em que o Espírito de Deus tem forjado sua obra criativa, são desconhecidos pelo mundo. (sistema presente).

Versos 9-13 – Jesus fica surpreso com a ignorância de Nicodemos.

V.11 – O Senhor se associa aos discípulos e a totalidade do testemunho profético do passado, Jesus afirma que eles, têm visto e conhecido[5] a obra do Espírito Santo. Desta forma, são idoneos para testemunhar sua atividade em suas vidas.

V.12 – Jesus indaga, Nicodemos dizendo se os Judeus não creram no testemunho concernente às coisas terrenas, ainda que sua origem esteja no céu. (ref. ao Novo Testamento).
Como poderão receber as bençãos celestiais a respeito da maxima revelação de seus eternos conselhos.

V.13 – Jesus veio do céu, com perfeito conhecimento de Deus, a fim de revelar a plenitude da gloria de Deus aos homens.

VV. 14-15 – Jesus ilustra o grande tema concernente à vinda do Filho do Homem em carne, por meio de um acontecemento registrado no Antigo Testamento. (Nm 21.8-9).

Os israelitas tinham que olhar para serpente levantada no deserto por Moisés, para receberem vida (pré-figuração de Jesus Cristo no calvario).

Ø  Do mesmo modo, os homens sujeitos à condenação por causa do pecado poderão receber vida eterna e restauração.

V.15 – Redenção do mundo.
Somente a morte do Filho de Deus era capaz de redimir o homem do pecado.

V.16-17 – A morte do Filho de Deus foi determinada pela vontade do Pai; não foi vontade humana, foi o maravilhoso amor de Deus, que entregou seu Filho unigênito como sacrifício pelo mundo, sacrifício que está ao alcance de todos.
Neste trecho do diálogo de Jesus com Nicodemuns, “mundo” é o palco em que Deus cumpre os seus propósitos de redenção.

V. 16-21 – logia, autentica Palavra de Jesus (dos próprios lábios do Senhor).
Neste texto não restam duvidas de que o evangelista se compenetra profundamente da mente de Jesus e, que se não “ipsissima vox”, certamente contêm a quinta-essência[6] do glorioso evangelho.

V.18 – Crer no nome do... Filho de Deus, significado colocar confiança pessoal no seu ato redentor. Aqueles que não o fazem já estão condenados.
Jesus veio salvar o mundo, todavia o mundo foi julgado por sua vinda (v. 17, 19). Nestes versos ficam claro que existe um contraste um contraste entre “Luz” e “Trevas”.

De forma bem clara e simples Jesus esta dizendo a Nicodemos que o novo nascimento é expresso pelos frutos, isto é, obras que são manifestas por intermédio de Deus.

A Fé é a prática da verdade, ela obedece e procura a Luz. Esta é investigada minuciosamente por Deus. A obra de Cristo discerne o bem do mal. Este é o verdadeiro julgamento que Jesus trouxe ao mundo. E isto constitui uma crise na história mundial, obrigando os homens, pelos fatos apresentados, ou virem para luz, ou a permanecerem nas trevas.

conclusão

No diálogo de Jesus com Nicodemos o Senhor nos ensina que para se entrar no Reino de Deus é necessário estar purificado, ter Fé e nascer denovo. Isto é, ter a mente e a vida renovada pela Palavra de Deus como Paulo diz aos Romanos “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” , deixando que o Senhor conduza as vidas dos cristãos por meio de sua revelação, isto é, a Palavra de Deus


Soli Deo Gloria!


Pr. Kleber Hudson Mostachi



[1] Pode ser do “alto”, isto é, de “cima” – [É ter uma mudança radical no coração].
[2] Na cultura judaica, o batismo e/ou banho de purificação era uma pratica comum.
[3] Espiritual mediante a Palavra de Deus.
[4] Fruto do Espírito (Gl 5.22-26). “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. Os que pertencem a paixões e os seus desejos. Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito. Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros.”
[5] Provado, vivido, experimentado.
[6] Levado ao ultimo apuramente, requinte; o mais alto grau.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O ser de Deus deve ser o começo, o meio, o fim, a vida, e a totalidade dos estudos.

“Não vale a pena se aplicar ao estudo da física e de outras ciências, se Deus não for o ponto de referência de todas as coisas. Ver e admirar, reverenciar e adorar, amar e ter prazer em Deus, conforme demonstrado em suas obras – essa é a verdadeira e única filosofia. O contrário é mera imprudência, assim chamada pelo próprio Deus. Esta é a santificação dos seus estudos: quando eles são dedicados a Deus e quando ele é o fim, o objetivo e a vida em relação a todos e a cada um deles. [...] O ser de Deus deve ser o começo, o meio, o fim, a vida, e a totalidade dos estudos.”


Soli Deo Gloria!

Richard Baxter